… meus filmes preferidos de 2022

Meus cinco filmes preferidos do ano são grande experiência de Cinema, essa arte que te envolve, cria emoções, te tira da realidade, te sacode. Nesse sentido, “Fall”, filme de baixo orçamento, é um arraso – foi o filme que mais rodou por aqui, vimos umas seis ou sete vezes, cada vez que aparecia alguém por aqui, a gente botava o filme. Isso é sucesso, não?

Experiências incríveis também tive com o “Moonage daydream”, que não é um documentário sobre o Bowie, mas sim uma imersão de som & imagem de onde saímos ainda mais confusos sobre o astro mas com mais convicção de que vivemos no mesmo tempo que um dos grandes artistas que já pisaram esse planetinha. A fantasia da Macedônia, “You Wont Be Alone” foi uma surpresa maravilhosa para mim – um filme lento e difícil, mas deslumbrante em imagem, edição de som e resgate de temas folclóricos europeus que não exigem do espectador conhecimento prévio algum. Um filme transformador. Também fantástico e essencial para esses tempos é a adaptação do Del Toro para o “Pinocchio”, o ápice da animação stop-motion, com subtexto antifascista, realmente incrível. E teve “Elvis”, a recriação cinemática do mito, uma experiência de cinema com contornos de ópera, um filme incrível.

Em sexto lugar, coloco “Boiling Point”, o “drama de cozinha” rodado em (suposto) um único plano-sequência, que nos apresenta esse personagem incrível, Andy, ponto alto da carreira do ótimo Stephen Grahan.

Foi um bom ano para filmes com contexto social, e “Triângulo da Tristeza” e “Speak no Evil” foram comentários precisos, um no gênero da comédia, outro no do terror.

O terror “Barbarian” também tocou em pontos, por isso entra na lista, embora não tenha gostado muito de seu final. Ainda no gênero, “X – A Marca da Morte” e “Pearl” foram diversão garantida, dois gols do mesmo diretor, o Ti West.

Também me diverti com o “The Northman”, que é grande cinema, um passo importante para o Robert Eggers, que vinha do hermético e ia bater de frente no muro da indiferença.

Dois filmes pequenos me encantaram neste ano, “The Outfit” e “Boa Sorte, Leo Grande”.

Não dá pra não colocar o “Love and Thunder” do Waititi, uma das coisas mais divertidas já feitas pela Marvel, embora alguns tenha virado os olhos. Foi uma experiência incrível no cinema.

O retorno do Predador com o “Prey” foi um dos poucos que vi algumas vezes, sozinho, com a marida, com Lia, então entra na lista por essa capacidade de fazer querer ver de novo. E pelo reboot do personagem que tinha caído num limbo de filmes ruins. Também curtimos o resgate de “Top Gun”, filme que eu e a marida vimos de mãos dadas. 😊

Ainda nos blockbusters, o novo Pantera Negra e o Batman não decepcionaram, mas não foi o esperado. Nos divertimos com o “Bullet Train”,  “O Peso do Talento”, “Era Uma Vez um Gênio”, “Smile” e o novo “Scream” – mas não entram na lista, foram mais diversão momentânea. Assim como o “RRR”, que está aparecendo em váááárias listas, acho que pela “novidade”. Não consegui ver “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, com meia hora eu já estava enfastiado…

Entram na lista: um pequeno e ignorado filme da Netflix, com Jesse Plemmons, chamado “Windfall” – curto, com ótima cadência e fechamento; um pequeno e caseiro filme de bruxas rodado durante a pandemia por uma família em sua própria casa, “Hellbender”, que tem ótima cinematografia e performances dos pais John e Zelda Adams e das filhas Toby e Lulu – também curtinho, 1h20, o filme ocupa a incrível posição de 14º melhor do ano na lista da Rotten Tomatoes; e, por fim, um ótimo filme australiano de baixo orçamento feito para a TV – comprado pela Netflix – “O Estranho”, que assisti por acaso e achei muito bem realizado – ao ponto de valer nova conferida.

1 – A Queda (Fall), Mann

2 – Moonage Daydream, Morgen

3 – You Won´t Be Alone, Stoleveski

4 – Pinóquio (Pinocchio), Del Toro

5 – Elvis, Luhrmann

6 – Boiling Point, Barantini

7 – Triângulo da Tristeza (Triangle of Sadness), Östlund

8 – Não Fale o Mal (Speak No Evil), Tafdrup

9 – Noites Brutais (Barbarian), Cregger

10 – X, A Marca da Morte (X), West

11 – Pérola (Pearl), West

12 – O Homem do Norte (The Northman), Eggers

13 – O Alfaiate (The Outfitt), Moore

14 – Boa Sorte, Leo Grande (Good Luck to You, Leo Grande), Hyde

15 – Thor, Amor e trovão (Thor, Love and Thunder), Waititi

16 – Prey – A Caçada (Prey), Trachtenberg

17 – Top Gun: Maverick, Kosinski

18 – Sorte de Quem? (Windfall), McDowell

19 – Hellbender, Adams, Adams & Poser

20 – O Estranho (The Stranger), Wright

Foi um ano de decepções, com os péssimos novos filmes de Cronenberg e Dario Argento, o mais ou menos “Nope”, do Peele; o chatinho “Decision to Leave”, do Park Wook, e mais uma forçada de barra do Alex Garland, com o “Men”.

Não vi “Nada de Novo no Front” (não estou na vibe de filme de guerra…), nem “Argentina, 1985”, “Mulher Rei”, “Tár” e “Bardo”, que ainda quero ver neste ano.

É isso, abiguinhos.

😊

Standard